quinta-feira, 15 de março de 2012
terça-feira, 6 de março de 2012
ENTRE A CRUZ E O CAPITAL: A TEOLOGIA CAPITALISTA E O ESPÍRITO DO NEOPENTECOSTALISMO
Essa consciência da graça divina por parte dos eleitos e dos santos é acompanhada de uma atitude para o pecado do próximo, não de compreensão simpática baseada na consciência das próprias fraquezas, mas de ódio e de desprezo por ele, por considerá-lo inimigo de Deus e portador dos sinais da condenação eterna.
Max Weber – A ética protestante e o Espírito do Capitalismo
Após a leitura do texto O que a esquerda deveria aprender com osevangélicos, fiquei meditando o quanto a realidade de mais de 20% de evangélicos no Brasil ainda é desconhecida pela intelectualidade brasileira. Seria possível constituir uma ética pentecostal na linha teórica da ética protestante feita por Max Weber? Ou as relações entre a cultura capitalista e a fé, seja na religião, na ciência ou qualquer outra crença, estão fundidas de modo que não seja mais possível distinguir uma de outra? O autor do texto vê a presença das religiões evangélicas nas classes mais populares um exemplo a ser seguido pela esquerda. Tenho de concordar que, diferentemente dos religiosos, a maior parte dos partidos de esquerda tem preferência aos intelectuais, universitários e classe média. A exceção só é feita àqueles que acabam tendo maior popularidade em seus bairros, sindicatos, movimentos sociais e, por isso, tornam-se capital político importante para seus partidos. Mas daí achar que impera uma cultura democrática nas igrejas, de modo que as participações ativas independem das diferenças socioculturais de seus fiéis, é mostrar total falta de conhecimento da realidade evangélica.
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