"Nossas vidas começam a morrer no dia em que calamos coisas que são verdadeiramente importantes."
Martin Luther King
"Que é mesmo a minha neutralidade senão a maneira cômoda, talvez, mas hipócrita, de esconder minha opção ou meu medo de acusar a injustiça? Lavar as mãos em face da opressão é reforçar o poder do opressor, é optar por ele".
Paulo Freire
Hoje,
mais do que nunca, a frase "não
confundam a reação do oprimido com a violência do opressor" me fez
muito sentido. Refiro-me ao episódio na Marcha das Vadias no Rio de Janeiro,
onde duas manifestantes fizeram uma performance na qual quebraram as imagens de
"Nossa Senhora de Aparecida" e "Nossa Senhora de Fátima".
Não se trata de imagens furtadas de qualquer Igreja Católica. Não se trata de
imagens arrancadas das mãos de fiéis. Trata-se de imagens que foram compradas
pelas manifestantes. Fosse eu quebrando um tablet caríssimo, não causaria
tamanha comoção, certamente, sequer daria mídia. E por qual razão essa performance
provocou tanto comentários contrários e negativos? Pelo fato simbólico que a
performance pretendeu, e conseguiu, representar.