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domingo, 4 de maio de 2014

A Parada do Orgulho LGBT: Carnaval fora de época ou uma grande festa política?

      




          O que é esse fenômeno que tem tomado o Brasil há anos e se construído na Avenida Paulista como a maior concentração de pessoas com direito a inclusão no Guiness Book? Alguns acham que é um carnaval fora de época, outros acham que é um desrespeito à família, mas há os que vêem nela um grande ato político. Eu afirmo: As Paradas do Orgulho LGBT são uma grande festa política.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

SOMOS TODOS MACACOS? - A INDIGNAÇÃO SELETIVA

      

"Um mérito se deve reconhecer na hipocrisia: aprendeu a falar com sinceridade".
Emanuel Wetheimer

           O episódio racista contra o jogador brasileiro Daniel Alves, durante o jogo entre Villareal e Barcelona no último domingo (27 de abril) fez pipocar uma reação em solidariedade ao jogador com a hashtag #somostodosmacacos. Conforme divulgado, quando o jogador foi cobrar um escanteio, alguém jogou-lhe uma banana. Como resposta, Daniel pegou-a e comeu. Considerando a atitude do jogador, da Campanha feita pela Empresa de Publicidade Loducca e iniciada pelo jogador Neymar (que também foi vítima de racismo em 16 de abril) e a reação de militantes do Movimento Negro com uma contra campanha chamada "não somos macacos", acredito que algumas coisas necessitam ser ponderadas.
           

quarta-feira, 19 de março de 2014

CRUELDADE E COVARDIA DA PM DO RIO OU O CORPO ARRASTADO!

          


"Aquiles chorou, lembrando o querido companheiro, sem que o sono, que a tudo rende, pudesse vencê-lo: girando aqui e ali (...) Olhando para trás, explodiu em lágrimas (...) e, finalmente, levantou-se e caminhou inquieto na beira-mar, (...), então pegou os cavalos e o carro leve, amarrando neles o corpo de Heitor, arrastou-o cerca de três vezes em volta do túmulo do falecido Patroclo; logo em seguida voltou-se para a tenda e deixou o cadáver deitado com o rosto na areia" Ilíada, Livro XXIV, Capítulos 1-22.



          




               Heitor tem nas mãos os sangue do amigo e amante de Aquiles: Patroclo. Este, envergando a armadura do seu amigo e amado, vai à guerra contra os troianos e é ferido de morte por Heitor. Aquiles, após os rituais fúnebres, exige a vingança. Sob as muralhas intransponíveis da orgulhosa Tróia, dá-se a batalha, cuja narrativa homérica faz dela o ápice e uma das cenas mais clássica da literatura universal. Aquiles, semideus cortador de gargantas, filho da deusa Tétis e do rei Peleu, era conhecido pela sua indomável capacidade de guerreiro de destruir seus inimigos com um só golpe. Heitor, príncipe e herdeiro do trono, simples mortal, também gozava de profundo respeito pelos seus inimigos por ser um grande lutador. Ambos se enfrentam. Após uma árdua batalha, Heitor cai sob a espada de Aquiles. Não contente em matar o assassino de seu amante, ele ata o corpo de seu inimigo em seu carro e dá três voltas em redor do túmulo de Patroclo para desgosto do generoso rei Príamo, pai de Heitor. Não bastasse matar seu inimigo, o desejo de vingança de Áquiles exige que o corpo seja ultrajado, violado em sua morte. Nada mais ofensivo para os gregos do tempo de Homero do que a violação do corpo de um morto.