Hoje fui surpreendido com a notícia
de que o candidato à prefeitura de Macapá pelo PSOL - Clécio Luis - conseguiu
ir para o segundo turno por meio da coligação com partidos bastante
questionáveis. Possa parecer estranho, para quem sabe que sou militante do
PSOL, somente agora descobrir tal informação. A razão se deve por dois motivos:
minha filiação somente aconteceu em março deste ano, como também pelo fato de
não pautar minha militância nas eleições municipais, estaduais e federal, posto
que o cenário resultante desse processo é sempre desanimador.
A maior parte da
militância do PSOL rompeu com o PT
devido ao seu fisiologismo político na disputa eleitoral, às questionáveis
alianças com setores da direita que permitiram a eleição de Lula à presidência em
2002 e, principalmente, o vale-tudo na disputa pelo poder. Grosso modo, o que
define um partido de esquerda é a sua não ilusão nos mecanismos de poder da
sociedade capitalista. Obviamente, não significa ausentar-se do processo
eleitoral, mas participar dele para evidenciar as contradições mascaradas de
democracia, transmudadas em aparelhismo estéril da máquina capitalista.